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Textos: Ana Claudia Piacente. Tecnologia do Blogger.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Ilha do Medo (Shutter Island)

Primeira nota sobre o filme: Scorsese é um gênio no cinema.

Antes de você assistir, antes de tentar avaliar o efeito que o filme gera, antes mesmo de pensar em criticar o filme reconheça a minha primeira nota. Senão nem continue a ler e nem assista ao filme.

Caso você tenha continuado a ler mesmo com meu alerta e ainda precisa conhecer um pouco mais sobre o Scorsese então vou facilitar para você. Ele é um coringa e faz tudo relacionado a cinema, mas o forte é roteiro e direção. Sempre muito elogiado e admirado por público e crítica carregava a sina de nunca ter faturado um Oscar ®, mas em 2007 com Os Infiltrados (The Departed) levou a estatueta para casa e tirou o fardo das costas.
Numa parceria primorosa com De Niro fez o primeiro Clássico de sua carreira: Cabo do Medo (Joga no Google) e daí em diante aproveitou que já era conhecido por Coppola, De Palma e Lucas para concretizar sua carreira e sua marca: Drama, Máfia e Devoção Católica nos filmes.

Recomendo que assista Taxi Driver e New York, New York, outros dois ótimos filmes da Parceria Scorsese/De Niro.

E Touro Indomável acaba de entrar na minha lista, gostaria de recomendar, mas ainda não assisti, talvez num próximo post.

Em 2002 ele lança Gangues de Nova York, um filme muito bem amarrado e produzido, novamente foi indicado como melhor diretor, mas não levou. Surge aqui uma nova parceria: Scorsese/Di Caprio. (Não me perguntem o que ele tem com descendentes italianos =P)

Depois disso ele leva o Oscar de melhor diretor com Os Infiltrados, acaba a sina e acabo achando que o De Niro que era o pé frio da história. O Gangues faz sucesso, O Aviador faz também e Os Infiltrados leva o Oscar, De Niro não participa de nenhum deles, mas era cotado para o último tendo Jack Nicholson substituído-o na última hora. Coincidência? Talvez.

Chega de história agora, vou falar da Ilha do Medo (Shutter Island), a tradução do título é ruim, mas é para fazer referência ao Cabo do Medo do mesmo diretor, vamos relevar.
Esse filme é diferente dos outros do Martin porque alguns rotulam como terror, outros como suspense e eu prefiro rotular como Terror Psicológico. Baseado no livro homônimo de Dennis Lehane. Em 1954, o policial Teddy Daniels (Leonardo DiCaprio) investiga a fuga de uma paciente de um hospital psiquiátrico instalado em uma ilha, onde supostamente está internado também o assassino de sua mulher. E é aí que começa toda a paranóia de conspiração. Teddy começa a desconfiar que os médicos realizam experiências ilegais com os internos, confronta os responsáveis pela instituição e se vê cada vez mais imerso á uma rede de política, suspense, perigos e não consegue confiar em ninguém mais.

Ele precisa descobrir a verdade sozinho, não pode sair da ilha por causa de um furacão e em 1954 fazer ligações telefônicas estava fora de cogitação. Nna sua investigação vemos que Teddy tem dois conflitos grandes na trama: Um é a necessidade de descobrir a verdade sobre o instituto Shutter, um lugar cheio de mistérios e onde vemos vários indícios de ilegalidade, tortura, experiências com seres humanos e coação. O outro é que ele desconfia que o assassino de sua esposa está internado lá, ela faz aparições para Teddy e ele tem sérios problemas para superar a falta da esposa, com seu passado de Oficial de Guerra e o presente como policial investigador federal ele fica entre a vingança e a honra do primeiro e a ética e justiça do segundo durante todo o filme.

A narrativa é lenta, envolve e confunde ao mesmo tempo. O desfecho eu achei genial, mas eu já tinha em mente o que o Scorsese poderia aprontar. Por isso não tinha como elogiar o filme sem antes passar a ficha corrida desse ótimo diretor.

Dica: Assista acompanhado, não pelo medo, mas pela divergência de opiniões durante todo o filme. Esse faz pensar.

Fotos: Divulgação
Fonte dos dados sobre os filmes: Wikipedia

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