Sinopse: Charlie (Logan Lerman) é um
jovem que tem dificuldades para interagir em sua nova escola. Com os nervos à
flor da pele, ele se sente deslocado no ambiente. Seu professor de literatura,
no entanto, acredita nele e o vê como um gênio. Mas Charlie continua a pensar
pouco de si... até o dia em que dois amigos, Patrick (Ezra Miller) e Sam (Emma
Watson), passam a andar com ele.
Autor do livro: Stephen Chbosky
Um livro diferente de tudo
que já li. Como narrador-personagem, o livro te faz sentir tudo o que o Charlie
sente. E Charlie é um garoto muito problemático e confuso. E isso faz com que a
narrativa seja igual e muitas vezes você se perde na história porque é
exatamente assim que o personagem está se sentindo: perdido.
Charlie escreve cartas para
uma pessoa (que não sabemos quem é), contando o cotidiano da vida dele. Ele
conta as coisas bem detalhadas, muitas vezes, com tantos detalhes que você se
perde no que é importante ou banal. Ele é um menino ingênuo. Ingênuo a ponto de
não entender certas piadas dos amigos e da família, expressões usadas pelas pessoas,
etc. Porém, a ingenuidade dele é a chave para todo o livro. Ele está sempre
ali, quietinho, observando tudo, e na maioria das vezes não entendendo nada. Charlie tende a assistir a vida, ao invés de participar dela. E
por sempre observar tudo, ele vê coisas que não deveria e fica sabendo de
muitos segredos. Por essa habilidade de guardar segredos tão bem,
ele é comparado com uma pessoa invisível, que vê tudo e todos, mas não fala e
opina nada. Daí o título do livro. O mais importante a dizer sobre o Charlie é
que ele tem um coração enorme. Ele ama as pessoas de uma maneira única. O amor
dele é totalmente altruísta. Ele sempre faz tudo para agradar quem ele gosta, mesmo
que isso não seja o que ele quer. Ele se sente bem e feliz por ver os outros
felizes. E isso é o que faz o Charlie ser tão incrível. Infelizmente, por
problemas no passado que só com o tempo nós vamos descobrindo, ele tem muita
dificuldade de se relacionar com as pessoas. É um garoto que fala pouco,
observa muito, interage pouco, chora muito, detesta ficar sozinho e adora dar
presentes. Falando em presentes, ele tem o dom de acertar em cheio nos
presentes que distribui e isso é muito fofo nele.
Porém, como eu expliquei,
ele tem muitos problemas para se relacionar e como é ele quem conta a história,
você provavelmente vai ficar um pouco confuso. Algumas vezes ele tem crises e
começa a passar mal, e aí a narrativa fica rápida e bem louca. Mas acho que
esse é o objetivo do livro e ele conseguiu passar isso muito bem.
O autor consegue te mostrar
a dificuldade que um adolescente com problemas como o Charlie, pode passar no
ensino médio. E como isso é importante no desenvolvimento dele.
O livro tem uma história
muito bonita e emocionante. Mas não posso dizer que é um livro tão envolvente.
Acho que é apenas tocante.
Já o filme, posso dizer
prós e contras. Os prós foram as escolhas dos atores. A representação do
Charlie (Logan Lerman), da Sam (Emma Watson) e do Patrick (Ezra Miller) são simplesmente perfeitas. Encaixam como uma luva
em cada personagem. Porém quando se trata da história, acho que o filme cortou
cenas muito importantes, que tiveram grande relevância na vida do Charlie.
Principalmente na participação da irmã dele, que no livro, é peça fundamental da
história, porém no filme, é praticamente nula. O professor também. A
participação do professor no livro é muito importante, pois é esta amizade e as
tarefas que ele dá que ajuda o Charlie durante o ano letivo. E isso no filme,
ficou um pouco vago. Mas a história consegue ser bem contada, mesmo pra quem
não leu o livro. E isso é um ponto positivo.
Sendo assim, minhas
avaliações são:
Livro: 8
Filme: 7
É um livro que recomendo a
todos que amam ler. Se você for alguém meio “impaciente” para leitura, nem
comece. É um livro que precisa ser sentido e não apenas lido. ;)
E eu termino aqui dizendo
que minha única vontade no livro inteiro, foi encontrar o Charlie, dar um
abraço gigante nele e dizer o quanto ele é especial. Vou sentir falta dele.
=/
Então, encerro com o trecho que eu mais gostei do livro:
"Então acho que somos quem somos por várias razões. E talvez nunca conheçamos a maior parte delas. Mas mesmo que não tenhamos o poder de escolher quem vamos ser, ainda podemos escolher aonde iremos a partir daqui."
"Então acho que somos quem somos por várias razões. E talvez nunca conheçamos a maior parte delas. Mas mesmo que não tenhamos o poder de escolher quem vamos ser, ainda podemos escolher aonde iremos a partir daqui."
Beijos!
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